E quando a gente acha que vai melhorar…

Dá-lhe outra quarentena pelas fuças!

Pelo que tenho observado à nossa volta, acho até que estamos levando toda essa pandemia maluca de uma maneira razoavelmente leve! Fazer o quê? Aprendemos a não enlouquecer.

E sim, nosso tipo de trabalho e condição social favorece, não nego, entendo que não é igualmente fácil ou difícil para as pessoas. A desigualdade existia antes e segue existindo. É cruel, não é justo, mas é assim desde que o mundo é mundo. Acho até que esse período ajudou a olharmos um pouco melhor para nosso lado e, honestamente, tenho presenciado iniciativas bonitas de tentar ajudar o próximo.

Dito isso, egoistamente, junto a esse segundo “lockdown”, me veio também uma onda de frustração pessoal. Porque está bastante perto do meu aniversário e o planeta sabe o quanto eu amo oferecer uma festa e celebrar! Sim, é sobre meu umbigo, eu sei, vou trabalhar melhor isso na minha cabeça, mas me deu uma baixada de bola e certa desanimada.

Aos protocolos de segurança, já me acostumei, faço automaticamente sem reclamar. Se era o preço para alguma libertade, pago feliz! E acho que poderiam reforçar o uso desses protocolos, sem fechar novamente o comércio, os restaurantes e os bares. Mas como costumo dizer, o que acho ou deixo de achar não vale nada. E lá vamos nós para uma segunda temporada do “fique em casa”!

Curiosamente, em março, havia viajado para Madri quando toda a história ainda era nebulosa e, na volta, resolvido fazer uma quarentena opcional por respeito aos demais. Antes do meu tempo de reclusão acabar, foi declarada no país a primeira quarentena oficial, o que tornou meu isolamento mais longo que o das pessoas ao redor.

Pois acaba de acontecer algo semelhante. Viajei para Portugal para resolver alguns assuntos que não poderiam esperar. Obviamente, tomei todas as precauções, não apresentei nenhum sintoma na volta, mas cumpro 14 dias de isolamento obrigatório em função da viagem. Meu isolamento se encerraría no dia 06/11. Daí, no final da semana passada o primeiro ministro anunciou que um novo lockdown entrará em vigor a partir do dia 05/11!

Sério! Um dia antes? Lá vou eu partir para o isolamento com duas semanas de antecedência outra vez!

Mas nem é o pior! O que me deixou bastante chateada é que 9 de novembro é meu aniversário. Nem tinha a expectativa de fazer nada grande demais, mas pelo menos, uma reuniãozinha com amigos que sei que estão se cuidando. E pensei também em contratar um amigo músico para fazer um concerto virtual ao vivo. E o principal: agendado um jantar em um restaurante muito legal com o Luiz. Pois é… a resposta é “não” para todas as alternativas acima!

E isso, sem falar que já adiei duas vezes uma ida ao Brasil. A primeira seria em setembro. Troquei para novembro, com a intenção de passar meu aniversário com a família. No mês passado, desisti de vez e cancelei a passagem. Cansei de adiar planos. Agora só planejo o que posso cumprir.

É, sei que podia ser pior… sei que não devia reclamar… mas caraca, já deu, né? Na boa, sou voluntária para qualquer vacina experimental que aparecer! Cobaia, amarradona! E isso porque nem gosto de tomar vacina nenhuma!

Bora lá, Bianquita! Partir para nova temporada de meditações… Deixa eu ir cantar meus mantras que é o melhor que faço!

40 dias de cativeiro

Hoje completo 40 dias em distanciamento social por conta do COVID-19, a palavra quarentena já não é apenas uma maneira de falar.

Muita gente fez diários desses momentos, talvez eu devesse ter feito para me lembrar de maiores detalhes no futuro, mas para ser sincera, até perdi um pouco a noção do tempo durante esse período. O que nem foi de todo mau, porque se logo no início alguém me contasse que eu ficaria mais de 40 dias nessa situação, sem uma previsão definida de saída, provavelmente eu tivesse surtado de cara!

Admito que não dei importância quando tudo começou na China, me parecia distante e exagerado. E, de repente, o que deveria ser uma marola entrou como um Tsunami, devagar e constante.

No início de março, fui a Madri e não a turismo. Fui para resolver alguns problemas pendentes que tinham certa urgência. Eu não tinha um pingo de medo do vírus, sigo não tendo medo de ficar doente, mas essa é uma outra história que não vem ao caso agora. O fato é que não estava levando a sério e não tinha ideia que tudo escalaria tão rápido. E, sem querer tirar minha responsabilidade, acho que a maioria das pessoas também não imaginava que se tomaria essa proporção.

Portanto, me expus bastante. Estive em dois aeroportos de alto tráfego, Heathrow e Barajas, peguei dois voos, andei de metrô, ônibus, a pé, fui a restaurantes e bares, dividi comida, abracei amigos, estive em pelo menos três ou quatro estabelecimentos públicos para resolver os assuntos que precisava… e voltei para Londres.

Na ida, estava tão centrada no meu próprio umbigo e com as complicações que tinha que resolver, que nem tive tempo de pensar em vírus. Mas ao longo da viagem, comecei a notar que algo estava diferente, meio que fora de ordem. Os aeroportos estavam bem vazios, assim como os voos, as próprias ruas de Madri, apesar do comércio todo aberto, não tinham o movimento habitual. Não consegui comprar álcool gel em nenhuma farmácia (eu usava com frequência mesmo antes da pandêmia, para mim era uma compra que fazia parte da minha rotina).

No voo da volta, a passageira indiana que vinha do meu lado higienizou o banco, a janela e a bandeja em frente. Confesso que achei engraçado. Acabou que ela mudou de lugar para ir sozinha e eu vim deitada nos três bancos, incluindo o dela, higienizado. Para ver o quanto eu estava preocupada!

Mal cheguei em casa, tentei revisar minhas compras pela internet que chegariam no dia seguinte (como também sempre fazia por costume) e não consegui, o website completamente colapsado! A pulga bateu na orelha, será que eu era a única boba sem me preocupar? Porque quando só você está tranquila… talvez não estivesse vendo o tamanho real da encrenca! Quer saber, e se rolar um isolamento, como já havia iniciado na Itália? Ou mesmo se não rolar quarentena, se as pessoas surtarem e começarem a comprar por pânico, vai faltar mercadoria… Nós somos estrangeiros aqui, não estamos acostumados com país que viveu guerra, eles reagem muito mais rápido que a gente! Pensei, acho melhor eu ficar mais esperta! Saímos no mesmo dia para ir ao supermercado.

Prateleiras vazias… papel higiênico esgotado… tudo meio estranho. Resolvi fazer um pequeno estoque de alimentos não perecíveis, até porque nem cabe grandes estoques em casa mesmo. Consegui comprar papel higiênico, Luiz havia encomendado máscaras e álcool gel com antecedência, afinal, meu marido é virginiano e, pelo sim, pelo não…

Também pelo sim, pelo não, iniciamos uma quarentena voluntária. A ideia foi dele, eu achava um exagero sem tamanho. Acontece que, assim que deixei Madri a cidade fechou as fronteiras, de certa forma, dei uma sorte tremenda de sair nos 45 minutos do segundo tempo. De toda maneira, como coloquei antes, havia me exposto bastante e, no fundo, na dúvida, não queria colocar outras pessoas em risco. Pensei, vá lá, um par de semanas não vai me matar de tédio, seguro a onda e depois reclamo bastante com Luiz, pronto!

Eu não sabia ainda, mas estava em fase de negação.

Essas duas primeiras semanas foram as piores de toda quarentena, pelo menos até agora. Nós tínhamos férias marcadas, meu irmão vinha do Brasil, celebraríamos nosso aniversário de casamento, estávamos preparando a casa para receber meus primos no início de abril… enfim, tínhamos uma série de planos bacanas que foram adiados, na minha cabeça, por uma porcaria de uma gripe!

E mesmo não levando nada disso tão a sério, mesmo estando absolutamente frustrada e me sentindo confinada, mesmo num mau humor do cão… fiquei em casa.

O par de semanas culminou com nosso aniversário de casamento. Acabei tendo a ideia de fazer uma festa virtual, como contei há alguns posts e, apesar dos pesares, foi bem legal.

Mas quando a festa acabou, segui bebendo um pouco mais, a ficha me caiu finalmente que o bicho tinha pegado e que não era uma onda rápida, não seriam apenas duas semanas e não seguiríamos iguais. Londres decretou quarentena oficial, não era mais uma opção nossa.

Acordei séria e com a sensação de perda. Acho que foi meu fundo do poço, não sei se estava deprimida, talvez, para mim é um pouco difícil reconhecer. Mas o golpe foi duro, passei alguns dias triste e observando bastante.

Ok, não me restava nada além de absorver o golpe, respirar fundo, tocar o chão e impulsionar para cima. Não tinha jeito, precisávamos passar por isso e nos preparar para o que vem pela frente. Não era mais o que eu queria fazer, mas o que poderia fazer.

O que de bom eu poderia e posso tirar dessa experiência e como me preparo para o pior que possa acontecer?

E, a partir desse momento, sem chavões ou clichês, comecei a melhorar. Porque passei a atuar no pouco que podia efetivamente controlar, ou seja, minha própria cabeça. Adianto que ainda passo por altos e baixos, mas sem sofrer ou me sentir presa.

Seria muito difícil eu ter outra oportunidade como essa para realmente parar tudo que estava fazendo e me observar, pensar e legitimamente mudar. Eu resolvi aproveitar essa chance, foi minha opção. E isso, eu podia controlar.

Como também foi minha opção não entrar na paranóia de falar ou ter contato com outras pessoas. Cumpro o distanciamento, cumpro as regras de segurança e os protocolos por respeito e disciplina, mas o medo não entrou na minha rotina.

Acredito que não seja só eu, imagino que outras pessoas devam ter experiências parecidas, ou pelo menos, parecidas em algum momento. Afinal, os seres humanos não são tão originais como imaginam. Temos a tendência a repetir determinados comportamentos. E hoje essa é uma das razões pela qual compartilho essa vivência, porque talvez alguém que leia possa estar passando agora pelo pior do confinamento e, quem sabe, seja bom saber que pode melhorar.

Passado o tédio profundo, as fases de negação e depressão, comecei a ter vontade de fazer meditação, de cortar o cabelo, de comer o que tivesse vontade, de tomar vinho durante a semana… a gente começa a prestar mais atenção em atividades rotineiras, resgata prazeres em pequenas coisas, o bom humor começa a voltar… até que entende, de verdade, que a liberdade está muito mais dentro de nós mesmos.

Não estou dourando a pílula, sei que tenho uma posição cômoda para pensar assim, é verdade. Mas isso não tira a dificuldade da equação. E não estou dizendo que fica tudo uma maravilha, não fica, mas melhora. Estou aprendendo a viver sinceramente o meu presente. Tenho me esforçado bastante nesse sentido e isso fez minha vida melhor.

Ainda assim, penso no futuro, porque acho importante a gente se preparar para todas as mudanças que virão e, nesse sentido, minha maior preocupação é ao inevitável período de recessão que enfrentaremos. Isso sim me tira um pouco o sono, acho que virá por aí uma fase pós-guerra onde a atitude consciliatória e solidária será fator crítico de sucesso. Vejo essa atitude na Europa, não vejo ainda nas Américas. Como a onda começou mais tarde por lá, espero que isso mude, por bem ou por mal.

Atualmente, busco mais notícias sobre economia do que sobre o vírus. Na verdade, sobre o COVID-19 tenho até evitado ler a respeito, infelizmente acho que a imprensa mundial tem feito um imenso desserviço tratando o tema como uma notícia que vende. Acho que é uma ala que ainda não entendeu que o mundo mudou. A sensação que tenho é que, por não saber exatamente o que mais dizer sobre o vírus, afinal é tudo novo em muitos sentidos, a mídia tem sempre tido a tendência a voltar a divulgar o que sabe como funciona com seu público. Uma pena, estão perdendo um bonde gigantesco e uma grande janela para ajudar!

Termino por aqui, dizendo que estou cautelosamente otimista em relação à Europa e Inglaterra, acho que passaremos ainda por alguma turbulência forte, mas aterrissaremos em razoável segurança.

O que tenho visto à minha volta tem me surpreendido positivamente em relação às pessoas, até me emocionado muitas vezes. Por incrível que pareça, o bem dá sinais que está ganhando. Não podemos nos iludir, talvez seja porque não atingimos um ponto tão drástico. Mas também talvez seja porque, no fundo, haja mais pessoas boas do que ruins. É nisso que decidi acreditar, esse é o cão que alimentarei, porque quero ser boa também.

Sigo preocupada em relação ao Brasil, acho que as pessoas estão confusas e desgovernadas por que caminho seguir e é muito complicado só contar com a sorte. Mas sobre isso, não temos controle.

Portanto, foco nas decisões em que cada um pode controlar. Se o que está fora está difícil de enxergar, olhe para dentro. Se não sabe em quem acreditar, acredite nos seus instintos e ponha os mais frágeis em primeiro plano. Se pode ficar em casa, fique. Não saia por capricho nem por ansiedade, o preço é alto. Você estará arriscando a saúde de quem não tem essa opção. Pense duas, três, dez vezes se realmente é necessário. E se não tiver outra maneira, saia com cautela, cumpra os protocolos, use a máscara, se cuide e cuide de quem está ao seu lado.

Não há outra maneira de sair dessa que não seja coletivamente. Não é hora de dividir, se você ainda não entendeu que nessa partida não há ganhadores, está jogando errado.

Quarentena em Londres

Esse não é um post motivacional para ninguém. Não darei mil dicas ótimas para quem quer aprender grego on line ou arrumar perfeitamente o armário da cozinha. Tampouco posso informar como vai a vida na cidade, como eu saberia? Estou em casa. Não busco consolo nem explicações e, por favor, mas por favor mesmo, não me enviem outros 329 vídeos sobre o tema!

Sabe qual é a única coisa que eu quero nesse momento?

Eu quero reclamar!

Reclamar em paz! Sem comprovações científicas! Sem todas as histórias de que poderia ser muito pior! Sem lições de moral! Sem parecer a louca da teoria da conspiração! E, sério, o pior de tudo, sem paternalismo barato! I don’t need to be patronized!

Eu só quero re-cla-mar!

E, taqueopareo, que saco é ter que ficar em casa!

Estou de quarentena desde o dia 07 de março, hoje é dia 23.

Veja bem, Londres só lançou medidas mais severas recomendando que evitássemos ao máximo sair a partir da última sexta-feira, dia 20. Entretanto, eu havia chegado da Espanha pouco antes deles fecharem tudo. Itália já estava complicada… Luiz achou melhor a gente ficar em casa, por via das dúvidas e só sair para o essencial.

Saímos rapidamente para fazer compras, quando necessário, fizemos isso apenas um par de vezes. A maior parte dos suprimentos, consigo que me entreguem com compras on line. E eu já comprava on line antes, assim que não mudou tanto a rotina. A não ser pelo fato de estar bastante difícil conseguir datas de entregas, tive que deixar reservado alguns espaços semanais. Mantenho um pequeno estoque de não perecíveis, nada tão gigantesco, nem tenho espaço para isso no apartamento. Além da consciência me pesar um pouco em deixar alguém sem produto. Não me falta nada e não faltará.

Das duas vezes que saímos rapidamente para compras, Luiz foi de máscara, eu não. Normal, ele é sempre mais preocupado e precavido com essas coisas do que eu.

Francamente, não estava com um pingo de medo do raio do corona vírus, aliás, continuo sem estar. Mas entubei a quarentena em consideração a ele e aos demais. Hoje faz 17 dias que estamos em reclusão, seguiremos enquanto faça falta, mas acho que adquiri o direito de, ao menos, poder reclamar!

E para quem começou seu “distanciamento social” agora, vou logo avisando, não fica mais fácil! Prepare seu espírito. O problema é o seguinte: qual seria a opção? Contribuir para a morte de alguém? Você quer colocar essa na sua conta?

Fingir que um problema não existe não faz com que ele vá embora.

Veja bem, disse e repito, euzinha yo myself, não tenho medo do vírus no que se refere à minha saúde. Posso mudar de ideia na semana que vem, mas hoje eu não tenho. Sou relativamente jovem e tenho uma saúde de leoa! Exceto pela quarentena, os hábitos e os alimentos aconselhados nesse período para a prevenção, fazem parte da minha rotina há anos! Não acho impossível que eu contraia a doença, nem sei se já não contraí, mas não vejo como uma ameaça eminente (nem iminente) para mim.

E essa não é uma postura que tenho em relação a esse vírus especificamente, mas a postura que tenho em relação a qualquer doença.

A questão é, não importa o que eu pense em relação a mim. O “eu” não importa, porque o que está em jogo aqui é o “outro”. É por quem não tem a mesma resistência, quem não tem o mesmo acesso a cuidados básicos, quem não pode fazer uma quarentena, quem não tem escolha.

Ah, mas é um sacrifício que farei por uma pessoa que eu nem conheço?

É, a vida é assim, foda-se (com carinho). Hoje eu não conheço, amanhã pode ser com alguém muito querido e depois de amanhã, pode bater à minha porta.

Porque não se iluda, o que toca a um, nos tocará a todos. Portanto, faça pelo motivo que quiser! Por altruísmo, por heroísmo, por medo, por amor ao próximo ou pelo mais legítimo egoísmo… não importa!

Fique em casa!

Ah, mas essa história certamente foi inventada em laboratório pelos chineses com intenções sórdidas…

É possível! Cá entre nós, teóricos da conspiração, porque eu sempre fui e sempre serei, também acho. Mas outra vez, não importa o que eu ache! Se foi um plano, funcionou. Criado em laboratório ou na natureza, está aí e tem gente morrendo, ponto. Primeiro a gente resolve o problema, depois a gente busca um culpado, ok? Até porque, quem seria capaz de provar essa história? Se tivesse alguém que pudesse realizar essa façanha, na China, você realmente acha que ainda estaria vivo?

Então, enquanto a gente não prova nossa conspiração, tenho uma ideia: fique em casa!

Quanto tempo a gente vai conseguir segurar essa panela de pressão? Não sei, difícil dizer, acho que ninguém sabe com certeza. Economicamente, politicamente… não seremos os mesmos. Não é que o mundo vá mudar, já mudou, só não sabemos o tamanho da encrenca!

De uma maneira ou de outra, a vida seguirá. E meu ponto é, eu quero seguir com ela. Por isso, o que eu puder fazer, enquanto eu puder fazer, farei.

Hoje, só me resta uma opção, ficar em casa.

E reclamar…

“Quando os nazis vieram buscar os comunistas, eu fiquei em silêncio; eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um social-democrata. Quando eles vieram buscar os sindicalistas, eu não disse nada; eu não era um sindicalista. Quando eles buscaram os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu. Quando eles me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar.” Martin Niemoller