Há um texto sobre um chapéu violeta que rola há algum tempo pela internet – atribuído a Mario Quintana, digo atribuído porque hoje em dia tenho dificuldade em saber o que é de verdade e também já li que não é dele – enfim, um texto simples, quase bobinho, e que acabou virando piada interna entre minha mãe e eu. Acredito que entre ela e as amigas também. Para quem tem curiosidade, o texto é o seguinte:
“3 anos: ela olha pra si mesma e vê uma rainha.
Aos 8 anos: ela olha pra si e vê cinderela.
Aos 15 anos: ela olha e vê uma freira horrorosa.
Aos 20 anos: ela olha e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado, decide sair mas… Vai sofrendo…
Aos 30 : ela olha pra si mesma e vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado, mas decide que agora não tem tempo pra consertar então vai sair assim mesmo…
Aos 40 : ela se olha…. Vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado, mas diz: pelo menos eu sou uma boa pessoa… E sai mesmo assim…
Aos 50 anos: ela olha pra si mesma e se vê como é…sai e vai pra onde ela bem entender…
Aos 60 anos: ela se olha e lembra de todas as pessoas que não podem mais se olhar no espelho…sai de casa e conquista o mundo…
Aos 70 anos: ela olha pra si e vê sabedoria, risos, habilidades, sai para o mundo e aproveita a vida…
Aos 80 anos: ela não se incomoda mais em se olhar… Põe simplesmente um chapéu violeta e vai se divertir com o mundo…
Talvez devêssemos por aquele chapéu violeta mais cedo…”
Vejo o “chapéu violeta” como uma versão delicada e talvez mais madura do “botão do foda-se”. Assim que quando queremos dizer uma para outra que não se importe muito com o que vão pensar ou falar, perguntamos, e aí, já colocou o chapéu violeta?
Pois é, aviso que segui o conselho antes mesmo de ler o texto e coloquei meu chapéu bem mais cedo. Na verdade, o enterrei até as orelhas! E conto isso porque a história do tal chapéu permeou, de uma forma ou de outra, minhas últimas semanas.
Também aviso que o levo enterrado até as orelhas agora mesmo, assim que para os mais sensíveis, melhor parar a leitura por aqui, porque de agora em diante, posso ser bastante politicamente incorreta. Portanto, ou ponha também seu chapéu, ou tire as crianças da sala.
Há algumas semanas, meu sogro foi internado, mais uma vez, sua última vez. Ele faleceu na madrugada do dia 14 de junho, após passar pouco mais de um mês na UTI.
Por isso, há pouco mais de um mês, quando ainda não sabíamos quanto tudo duraria, Luiz foi às pressas ao Rio e passou por lá uma semana. Voltou porque não tinha férias e não havia nenhuma previsão de quanto tempo essa situação poderia levar.
Eu não fui. Luiz me parecia equilibrado e eu sabia que não havia nada que eu pudesse fazer para realmente ajudar ou mudar alguma coisa. Exerci minha praticidade, ou dependendo do ângulo de quem olhe, meu egoísmo, e me preservei. O custo emocional e, porque não dizer financeiro, de ir ao Brasil é alto. Também tenho dois pais que podem ter problemas a qualquer momento, aliás é o que a experiência tem me mostrado. Além do que, meu irmão pensa em se casar esse ano e, podendo escolher, prefiro ir ao Rio por um motivo feliz que por um triste, assim de simples.
Minha família teve um pouco de dificuldade em entender como eu não estava com meu marido em um momento assim, mas na nossa cabeça, estávamos juntos e ninguém tem data certa para morrer. Tanto não havia, que isso não aconteceu e Luiz precisou retornar a Londres.
Daí para frente, foram algumas semanas de angústia, porque meu sogro seguia internado e eu não tinha a menor esperança que ele fosse melhorar. Acho que nem Luiz, mas só posso falar por mim.
É uma situação complicada, porque você escuta a família e os amigos tentando manter a esperança, o que é normal. Assim que me sentia um pouco estranha porque enquanto muitos torciam ou rezavam, de acordo com suas crenças, para que ele se recuperasse, no fundo eu só conseguia pedir que ele se fosse logo e que parasse de sofrer. Na minha maneira de pensar, a morte e a vida são lados da mesma moeda, posso entender e suportar com dignidade ambos os lados. Mas tenho imensa dificuldade em aceitar o sofrimento.
O problema é que quando você não tem mais esperança, não tem mais briga, tudo se torna uma mórbida espera que a morte chegue. Já perdi outras pessoas ao longo da minha vida, mas foi a primeira vez que tive a experiência de esperar uma morte acontecer, de não querer brigar mais.
E é maluco porque o tempo não para e as coisas seguem acontecendo. É triste, mas tem horas que não, tem horas que você não pensa nisso, tem horas que você está feliz por outras coisas. E às vezes me perguntava se não deveria me sentir culpada por estar desfrutando em um momento onde outros não estavam. E ao mesmo tempo, vinha a pergunta retórica na cabeça, e não é sempre assim?
Talvez seja, mas ainda estou absorvendo e entendendo melhor essa experiência.
Até que recebemos uma ligação da médica, explicando que a coisa havia se complicado de verdade, que já não havia mais o que fazer, ele estava sedado e deveria ter um par de dias. Luiz sentiu que dessa vez estava realmente próximo e resolveu ir ao Rio.
Diferente da vez anterior, nessa achei que deveria ir junto. Luiz estava bem, mas tinha a impressão que dependendo do que encontrasse por lá, poderia resvalar. Eu mesma não ficaria tranquila sem saber exatamente o que estava acontecendo. Queria observar minha sogra de perto, meu pai também não anda muito bem, minha mãe muito mexida com tudo isso, enfim, tenho o maldito dom de sentir a proximidade da morte no olhar alheio e queria saber se ela seguia rondando o ambiente. Não seguia, não sei quando chegará, mas ainda não.
No aeroporto, Luiz me falou que ele mesmo entenderia se eu não quisesse ir, mas que achava que a cobrança social sobre mim seria grande se eu não fosse.
Achei curioso, porque talvez ele tivesse razão, mas a verdade é que o comentário me surpreendeu por completo, porque nem remotamente me havia passado pela cabeça que alguém pudesse me julgar mal por não ir. E mesmo ao pensar nisso, não me preocupava em absolutamente nada! Tudo que não queria era que Luiz estivesse sozinho, só isso. Depois ainda pensei que era um bom momento para estar com minha família e nada, mas absolutamente nada além disso.
Fiquei pensando a respeito durante a viagem, em quanto esforço na minha vida já fiz para estar segura de minhas decisões e bem com elas, quanto tempo para não me guiar pela opinião dos outros, até que finalmente não só coloquei meu chapéu violeta, como achei que combinava perfeitamente com minha pele. Quantas vezes ouvimos sobre a importância disso tudo e logo que alcançamos esse patamar, nos jogam contraditoriamente a culpa por sermos exatamente assim. Mas enfim, não tenho ideia se me julgariam ou não, porque, nesse caso, tampouco me importaria. Francamente, acho que meus amigos e minha família são melhores pessoas e por isso também me sinto protegida.
Entretanto, de alguma forma liguei meu alerta, talvez a mim não afetasse, mas à minha sogra sim, ao meu marido sim. E queria que eles tivessem a certeza que não estaria julgando a forma de suas reações ou emoções, não me cabe esse papel e não é minha natureza. Aprendi cedo que o mórbido as pessoas entendem com muita facilidade, o diferente não. Desse mal estou vacinada, mas não sabia o quanto eles estavam e o quanto a situação os haveria deixado vulneráveis.
A viagem não foi das mais tranquilas, fui pelos motivos que já expliquei, mas não estava com um pingo de vontade de ir. Adoraria ter uma desculpa razoável para mim mesma e fugir, essa é a verdade. No coração, um mantra ateísta com ares de oração, afasta de mim esse cálice… afasta de mim esse cálice…
Chegamos no Rio por volta dàs 22h, no mesmo dia em que meu sogro havia falecido na madrugada. Recebemos a notícia pouco antes de sair para o aeroporto. Meus pais foram nos buscar, sabiam que estaria mais na outra casa e seria uma oportunidade para a gente se ver um pouco. Gostei muito, porque estaria preocupada no dia seguinte se não conseguisse um tempo para vê-los, minha prioridade era atender minha sogra e meu marido, mas seguia tendo pai e mãe e isso é um pouco difícil de dividir, assim me sentia mais tranquila.
Não vou negar que tive o pensamento egoísta e inapropriado de que bom ainda não era meu próprio pai. E desejei que eles nunca precisassem ficar internados ou com dor, que o dia que se forem seja o mais rápido e indolor possível. Outra vez, pedi que me afastassem o cálice.
Finalmente, encontramos minha sogra e o que vou dizer pode parecer muito estranho, assim que tomarei um tempo em seguida para explicar. Achei que ela estava arrasada e feliz.
Há muitos anos, nem conhecia Luiz (antes que perguntem), terminei um noivado. O dia que tomei essa decisão foi o mais difícil da minha vida até então, tinha apenas 19 anos e por mais que acreditasse na época que estava pronta para comer o mundo, era uma garota. Literalmente, fugi para a biblioteca da faculdade e me escondi por lá enquanto pensava como contaria isso para minha família, e o pior, como falaria isso para ele. Eu me sentia completamente arrasada, destruída, perdida, assustada, culpada e mais 25 adjetivos nessa linha. Chegou um amigo que me conhecia razoavelmente bem, olhou para mim e perguntou sorrindo: nossa, você está feliz? Está radiante!
Levei um tempo para entender que a leitura da minha expressão pelo meu amigo, que me soava como um completo absurdo, era verdade. Não era a única verdade, mas era verdade também. Estava devastadoramente triste com a situação, mas feliz porque estava livre.
Foi exatamente essa expressão a primeira coisa que reconheci na minha sogra e agradeci por isso, foi um momento, mas me deu esperança. Duvido muito que ela tenha consciência disso e talvez seja até doloroso para ela ter essa consciência. Foi só minha leitura, não foi o que ela disse, é só minha opinião. Assim como é apenas minha opinião o que narro agora.
Minha sogra é uma lady, agradável, correta e mil qualidades que posso enumerar sem nenhuma demagogia. Mas às vezes, me passava essa sensação dela ser mais o que esperavam que ela fosse, do que o que ela mesma queria ser. Até o ponto que isso se confundia de tal maneira, que tenho sinceras dúvidas se ela sabe mesmo o que ela quer de verdade, lá no fundo da alma. Acho que ela foi controlada por toda a vida e agora se sente perdida, mas livre.
Não sabemos exatamente como ela reagirá daqui para frente. Pessoalmente, acho que ela tem dois caminhos extremos, em um ela se entrega em outro ela se salva. Meus sogros viviam um para outro, o que tem um lado muito bonito, mas que deixa confuso quem era quem, pareciam uma pessoa só. Não sei quem são as amigas da minha sogra, que lugares ela gostaria de ir, que viagens ela gostaria de fazer… não sei as motivações que ela tem para seguir vivendo. Mas sei que agora ela tem a chance de ser quem ela quiser. E a pergunta é se ela terá coragem, conseguirá se reconstruir?
Para mim, nesse momento, ela é um enigma, a vejo como uma esfinge antropofágica com um ultimato, decifro-me ou devoro-me. Sou otimista, dentro de sua aparente vulnerabilidade, vejo uma força que não sei se ela mesma tem consciência que possui.
Mas seguindo, no domingo foi o velório, meu sogro elegeu ser cremado. Essa também é minha opção e do Luiz.
Essa parte foi mais leve do que me preparei. Acho que nesse momento o corpo é só um corpo, não significa nada. O mais importante é a possibilidade de encontrar gente querida, alguns que não se veem há anos. Um ritual de passagem para as pessoas se despedirem, prestarem uma homenagem, demonstrarem apoio e principalmente, valorizarem as próprias vidas. Portanto, velórios não me assustam.
Cada pessoa reage às situações à sua maneira, a minha defesa é quase sempre o humor. É praticamente a última coisa que perco, mesmo nos momentos mais duros. Pois é, eu sou das loucas que fica doida para fazer piada em velório.
Luiz e eu fomos os primeiros a chegar, para receber o corpo e esperar as pessoas. O velório foi de 12h às 18h e achamos que era muito tempo para minha sogra ficar. Assim que ela só foi por volta dàs 14h.
Aliás, ela aguentou firme até o final, com mais energia do que imaginávamos. Muito aérea, como se estivesse sonhando, como se não estivesse ali. Ela já não consegue chorar. E se preocupa muito com isso. Acho que ela pensa que os outros vão pensar que ela não está sentindo tristeza o suficiente pela falta de lágrimas, a velha história dos julgamentos alheios. Tentamos deixá-la tranquila em relação a isso, como acabei de dizer, as pessoas reagem de forma diferente à dor e ninguém que fosse besta de julgá-la mal. Mas acho que isso não aconteceu.
Enfim, enquanto esperávamos sozinhos, já em frente ao corpo, fizemos nossos juramentos e pedidos pessoais. Não queremos caixão aberto, não queremos ninguém olhando para gente e sofrendo. Eu mesma evito ao máximo olhar alguém querido morto. Não por me impressionar, mas porque a última memória que temos é sempre a mais presente, e não quero me lembrar das pessoas mortas, quero me lembrar delas bem, sorrindo, felizes.
Aviso logo que quero uma festa no meu velório! Sabe aqueles velórios americanos cheios de comida? Eu quero assim, um velório gastronômico! Luiz disse que quer o dele num bar, para beberem o morto. Pois já prometi que beberei seu peso em cachaça!
Nisso entrou na sala uma freira doidinha! Era simpática e falava sem parar! Buscava consolo em palavras religiosas que nem para mim nem para Luiz faziam o menor sentido, mas concordávamos porque era mais fácil. O que gostei é que ela era alto astral. Mesmo dentro daquele ambiente, ela puxava (e emendava) os assuntos mais diversos. Ela voltaria no final da tarde para fazer uma prece, algo que aliviasse as pessoas presentes. Independente das nossas crenças, achamos que pelo menos para a velha-guarda seria importante.
Quando ela saiu, virei para Luiz, você sabe que essa é a maluquinha do cemitério, né? Ela fugiu do manicômio, se veste assim de freira e fica passeando pelos velórios… você acreditou que ela vai voltar aqui para essa prece?
Adianto que mais tarde, a freira maluquinha voltaria e faria a tal prece ecumênica, que apesar do meu ateísmo, gostei muito. Achei que foi um alívio para a família, uma oportunidade de amigos se pronunciarem, enfim, uma homenagem bacana que fez o encerramento necessário. Afinal, quem sabe o que dizer nessas horas? Mas isso foi só no final do dia.
Durante as seis horas que ficamos ali, houve momentos tristes, divertidos, bizarros… acho que deve ser sempre assim. Para mim, era difícil ver meu sobrinho chorar, os filhos sofrerem, cada um à sua maneira, e minha sogra parecendo uma zumbi, ainda que altiva em sua desorientação.
Aprendi todo um glossário de doenças! Por que gente mais velha quer te contar todas as dores e doenças que tem nos mínimos detalhes? Eu sei pormenores da próstata de totais desconhecidos! Intimidades que me faziam perguntar se eu estava ouvindo aquilo mesmo!
Fora o pessoal que, para consolar, resolve te contar desgraças impensáveis, acho que para parecer que sua dor é menor, sei lá! Eu realmente acredito que essas pessoas pensem que estão ajudando, só que não. Quando falavam comigo, tudo bem, fazia parte das minhas atribuições deixar o povo desabafar, mas contavam aqueles absurdos para minha sogra!
Pessoalmente, desenvolvi a capacidade de fazer aquele sorriso de padre, dizendo sim com a cabeça, como quem diz, claro, concordo, entendo… e pensava, Bianca, aprende rápido o que não fazer quando você ficar velha, pelamordedeus!
Ao mesmo tempo, foi bacana irem amigos nossos apoiar Luiz, acho que fez diferença e deu força a ele. Mesmo os não presentes, ou por mensagens, ou por telefone, ou pela forma que fosse, de alguma maneira enviaram suas boas energias e seguramente isso ajudou a passar por esse momento.
Não era meu sangue, não era meu pai, mas há anos isso já não me faz diferença. O que toca os meus, toca a mim. E tentei, dentro das minhas possibilidades também ser útil naquela situação. Ver no que eu poderia apoiar.
O que me ocorreu foi ajudar a receber as pessoas, afinal, modéstia às favas, isso eu sei fazer. Porque chega todo mundo meio perdido ou sem saber o que falar. E não há muito mesmo o que dizer, é uma merda, sejamos francos! A gente sabe que é duro, mas a gente também sabe que um dia vai doer menos.
Então, quando chegava gente e a família estava ocupada ou cansada, eu ia, me apresentava: eu sou a nora!
Abro um parênteses para contar que em meu casamento, apareço no vídeo explicando para a falecida avó do Luiz, a essas alturas já um pouco maluquinha: eu sou a noiva! E me lembrava disso a cada vez que repetia, eu sou a nora!
Entre nós, vinha em meu pensamento, Bianca, não vai se confundir e dizer: eu sou a noiva! E daí, logo mil piadinhas povoaram minha cabeça, como perguntar: você veio para o casamento?
Mas segurei minha onda, não sei se iriam entender. Fiz uma ou outra brincadeira com Luiz ou com amigos muito próximos. Ainda que tenha certeza absoluta que meu sogro entenderia, ou faria parecido, provavelmente bem melhor, afinal teria os anos que lhe davam a autoridade legítima para tal.
Meu sogro tinha um humor ácido inteligente do qual eu gostava muito. Sempre conto uma história de quando comecei a namorar o Luiz. Fomos uma vez para Teresópolis, com meus sogros, e logo pela manhã ele veio me perguntar: minha filha, onde almoçamos hoje? E eu, começando o namoro, ainda meio sem graça, respondo toda educada, que onde eles quisessem… Ele me diz sério, não, minha filha, veja bem, vou te explicar, minha mulher manda em mim… meu filho manda na minha mulher… e você manda no meu filho… assim que resolvi encurtar todo esse processo e vim direto na fonte, então, onde nós vamos almoçar?
E é assim que lembro dele, debochado, irônico e inteligente. Se podia notar pelo concorrido funeral que era querido e respeitado, correto. E acho que é disso que se tratava esse ritual, lembrar à família que o final é duro, mas é só um pedaço de toda uma vida cuidadosamente construída e bem vivida. Entre acertos e erros, afinal somos humanos, minha conclusão pelos olhos de quem vi, é que ele foi um homem bom. E isso é muita coisa!
Quanto à minha sogra, não sei que caminho tomará. E sinceramente digo que só quero que ela seja feliz. Não sei se será capaz de se reconstruir, de chorar, de assumir o que quer, de buscar novos sonhos ou de fazer planos, e vamos combinar que depois dos 80 anos isso não é de todo simples. Da minha parte, digo que tem meu total apoio, que mais do que sua lucidez ou de sua irrepreensível educação, tudo que desejo a ela é que, finalmente, ponha seu chapéu violeta.
Bianca, que texto lindo! O teor perfeito de consternação, carinho, lucidez e muita sinceridade. Falei hoje de você com a Cristina W. nesses encontros Skypeanos que a vida nômade nos proporciona. Abraços para você e para o Luiz -desejos de muita paz e serenidade nesses próximos meses. Bjs, Tania.
Adorei! Você tem a capacidade de colocar no papel os meus próprios pensamentos.
Bi amei o seu texto.
Confesso que esse ano, na verdade no ano passado eu já estava ensaiando ou posso dizer criando coragem para por o meu chapéu violeta. E estou muito feliz, sinto uma inexplicável sensação de leveza. Ainda bem que não esperei chegar aos 80 anos para usa-lo.
Bjs
Eu tiro meu chapéu para você e seu texto Bianca…(como dizemos em Inglês, I take my hat off to you). Você é mesmo uma ‘young lady’ que leve o chapéu violeta com graça. Adorei e entendi.
Pois é meninas, às vezes me falta aquela tecla “like” do facebook nos comentários por aqui… eu recebo suas mensagens, gosto muito, me trazem ânimo, mas como muitas vezes escrevo por desabafo, fico sem saber bem o que responder. Só posso dizer que a irmandade do chapéu violeta é aberta, assim que obrigada e sejam bem vindas! 😉
Bianca!
O texto é lindo e me vejo muito nele, pois tenho essas coisas de não querer ver as pessoas que amo em um caixão, isso me custa pacas…A imagem é a ultima que fica mesmo!!!
Pelos trancos que levei da vida…já coloquei meu chapéu Violeta faz tempo!
Só posso desejar coisas lindas pra vcs dois!
Um bj carinhoso.
Isso não é de Mario Quintana!!!!! O poeta escrevia poesias, não escrevia bobagens como essa!
Consultem sua Obra Completa e poderão ver que não é dele!!!! É de Fênix Faustine: http://pensador.uol.com.br/autor/fenix_faustine/
Pessoal, ainda que o texto do início seja apenas uma pequena referência para o que foi escrito depois, a Maria Lua se aborreceu e resolveu o grande mistério! Obrigada, Maria.
Que grata surpresa ter parado aqui hoje! Estava procurando no Google a autoria do texto Chapéu Violeta e acabei clicando no link do seu site. Seu texto é maravilhoso! Me fez refletir, alegrou, emocionou e me fez sentir muito grata por ter meus entes queridos perto de mim. Sua escrita é excelente! Devia escrever um livro. Beijos e obrigada!
Muito obrigada e seja bem-vinda, Rosi!Beijo