Não foi você, nem fui eu, foi a vida.
Você me acolheu, divertida e generosa, e nos apaixonamos à primeira vista. Cheguei a achar que seria para sempre.
A rotina se instalou e nossa paixão se foi. Por um tempo, quase ficamos de mal. Você foi dura e preconceituosa, te praguejei e prometi te abandonar.
Seu rechaço era só medo do que não conhece e minhas palavras só frustração de quem se sente não compreendida.
Quando caía a noite, fazíamos as pazes, descobríamos que nos adorávamos e, quando você não queria me forjar, também não precisava me impor a você.
Finalmente, nos entendemos e nos aceitamos, cada qual com seu espaço. Podíamos seguir com o que tínhamos de melhor, sem perder nada. Ficamos mayores.
E descobrimos que a paixão não havia se perdido, mas se transformado em amor.
Acontece que amor não prende, deixa ir, porque sabe que sempre seguirá.
Vou com saudade e melhor que seja assim. Os caminhos que me levam são os mesmos que podem me trazer de volta e logo nos reencontraremos. Não com a intensidade de amantes apaixonados, mas com a amizade indestrutível de duas velhas senhoras.
Que lindo Bibis!!! Amei!!
Muito bonito o texto… Verdadeiro em tudo Bianca!!!!
Muito emocionante essa sua despedida da “nossa” Madrid. Adorei!!!!!
Adivinha se na estou aos prantos ne? affeeeee
Adorei!!!! É a mesma sensaçao q eu tenho. Lindas palavras Bianca, beijos e muito sucesso no novo caminho
A amizade entre duas velhas senhoras, uma tia octagenária e sua amiga de Belém do Pará, fez com que esta útima pintasse em um azulejo branco uma folha de arruda e escrevesse o seguinte versinho:
“Arruda também se muda do sertão para o deserto,
também se ama de longe quem não se pode amar de perto.” (Dasí)
Felicidades na nova jornada.
Hugo.
P.S: Estou tentando postar pela segunda vez, espero que agora entre.