Hein? Que?
Para quem nunca leu a respeito, já vou explicar, começou há alguns anos, quando fizemos uma tremenda festa de Ano Novo em casa. Na época, morávamos em uma cobertura e até fogos de artifício a gente estourou.
Quem mora fora de seu país, sabe uma festa assim nesse período é meio complicada de fazer. Porque muitos expatriados viajam e o pessoal local sempre tem alguma família com quem passar. Mas naquele ano, nem sei por que, havia muitos amigos pela cidade, de maneira que foi bastante animado.
Janeiro até que começou bem, mas pela metade do ano a coisa foi ficando meio pesada, meu pai adoeceu, vários amigos tiveram problemas, enfim, chegou dezembro e tudo que eu queria era desaparecer. Praticamente fugi com Luiz e o Jack para algum lugar que não recordo agora, acho que foi para França ou Andorra.
Nem me lembrei que tudo que você faz na vida tem uma conseqüência, ação e reação. E no momento que nos dispusemos a acolher os “exilados” nas festas de fim de ano, nós havíamos criado uma expectativa. Querendo ou não, havia uma responsabilidade, afinal já dizia o pequeno príncipe, tu es responsável pelo que cativas, certo?
Pois é, depois a gente soube até de umas histórias engraçadas de gente que estava muito aborrecida conosco, porque não convidamos para uma festa de réveillon que, por sinal, nunca existiu!
O que importa é que chegou fevereiro e os amigos finalmente haviam voltado de seus destinos. Tinha ficado um certo vazio no ar e a gente estava pensando mesmo em fazer algum reencontro de início de ano.
Quer saber, por que não fazemos uma festa de réveillon fora de época?
Réveillon + Fevereiro = Feveillon
E assim nasceu o famoso Feveillon!
De lá para cá, todo início de fevereiro a gente se organiza e dá uma festa, fazendo de conta que o ano começou novamente.
Parece uma loucura coletiva, porque nos vestimos de branco, colamos 7 ondas estilizadas no chão para pular e fazer pedidos, cantamos músicas de réveillon, comemos uvas, fazemos contagem regressiva, estouramos champagne à meia noite e nos abraçamos desejando um feliz ano novo a todos! Sim, simplesmente todo mundo entra na bagunça e incorpora a brincadeira!
O caso é que essa confusão começou a crescer e cada vez tinha mais gente querendo entrar na roda. Também não gostamos de ficar selecionando e limitando convidados, não para essa festa. Afinal de contas, réveillon que se preze se passa na praia com todo mundo, é democrático!
Então, decidimos esse ano fazer em um bar, assim todos poderiam participar. Checamos com os amigos a melhor data e foi 11 de fevereiro.
Pergunta se lotou?
Bombou! Na verdade, em algum momento da noite chegou a ficar meio aglomerado com tanta gente. Mas sem nenhum incidente ou confusão. Aliás, o clima era totalmente de boa energia. A grande maioria era de amigos ou amigo de amigos, então ficou tudo em casa.
Não havia ninguém na porta controlando entrada, por isso sempre pode chegar gente de fora, principalmente com aquela animação toda no recinto. Mas mesmo quem não era do grupo, entrou no clima da festa.
Tocou uma banda, também de amigos. Repertório de música brasileira que botou o povo para dançar. Lógico que a gente também se meteu, tocamos, cantamos… enfim, uma farra! Pelo meio da madrugada, outro amigo ficou de DJ e a festa seguiu.
Também distribuímos uns patuás caseiros, feitos com um saquinho de sal grosso enrolado em fitas do Senhor do Bonfim, para pendurar no pescoço. Infelizmente, só fizemos uns 60 e não deu vazão para todos convidados, mas paciência, valeu a intenção. Os nossos, pelo sim pelo não, já estão pendurados atrás da porta! Proteção é sempre bem vinda!
E assim, começamos o ano pela segunda vez!
É um pouco louco, admito, mas para que tanta razão, certo? Um pouco de fantasia, brincadeira, música e bom astral não fazem mal a ninguém.
È isso mesmo chica, igual a canja de galinha que nao fal mal a ninguem rsrsrs. Afinal o nosso “ja tradicional feveillon” nao pode faltar pra gente poder comecar tudo de novo o ja comecado ano. ‘E a segunda oportunidade de fazer pedidos e de recomecar com o pe direito :-). Como sempre o festa foi linda, bombou e o astral foi maravilhoso. O fogo tbem foi digno de um reveillon hahahaha tive até amnésia kkkkkkkkkkkkkkkkk. Bom demais chica 🙂 Beijossss estou num teclado estranho que nao encontroo cedilha nem os acentos rsrsrs
Achei a idéia genial, com certeza partiu de ti Bianca 🙂 Peninha que eu já tinha compromisso, mas novas oportunidades surgirao. Há um tempo atrás li no teu post algo sobre “a feijoada do Luis” no niver dele e com abadá 🙂 Fica bem, besitos.
Oi, Ana! Pois é, tem algumas festas anuais que já entraram para o calendário oficial… rs. Idéias não faltam, mas aqui funcionam bem porque o pessoal é animado e todo mundo participa, ajuda, entra na brincadeira… daí fica fácil! Quase que você conheceu o Feveillon e alguns dos personagens das histórias verídicas…hahahaha… quem sabe da próxima vez! 🙂 Besitos
Meniiiina… você nem sabe. Eu com meus colegas andando às 3 da manhã na madrugada de Madri quando vemos uns policiais dando um baculejo forte num bêbado/drogado. E nós com os patuás de sal grosso! Eu com minha colega:
“Cara, eles vão pensar total que é cocaína.”
“Que é isso, relaxa… a gente explica…”
“…que isso é sal, é amuleto e foi dado em uma festa de Reveillón em fevereiro?”
Felizmente nem nos viram… hahahha!
Nossa, será que sal grosso dá onda? rs É, admito que não seria muito simples de explicar… Enfim, pelo sim pelo não, os nossos estão penduradinhos atrás da porta para nem deixar a uruca entrar! Besitos