Ainda era segunda-feira e ainda pairava no ar um ligeiro impacto da notícia da morte do Osama. Muito menor do que imaginava, diga-se de passagem, acho que passou tanto tempo que as pessoas já estavam meio saturadas da história.
Mensagem no celular, aniversário de uma amiga, jantar na casa dela no mesmo dia. Luiz tendo que acordar cedo no dia seguinte, mas pensamos em pelo menos dar uma passadinha para um abraço de parabéns. Fomos.
Essa amiga mora no centro da cidade, em um apartamento enorme, compartilhado por umas 8 pessoas, eu acho. Lembrava muito uma república de Ouro Preto, em ambiente e aparência. Ela é a única brasileira da casa.
O que me chamou atenção nesse dia foi a diversidade de nacionalidades presentes no evento informal. Havia iraniano, iraquiano, espanhol, paquistanês, romeno, irlandês, brasileiro, italiano, inglês… e depois já nem me importava em perguntar! Parecia uma reunião da ONU, só que mais divertido.
A música foi em sua maioria brasileira, mas alternando-se com danças persas, romenas ou seguindo a nacionalidade de quem mais se candidatasse a pular no meio da roda. E quem não participava dançando, ou tocava um instrumento ou batia palmas acompanhando o ritmo. Mas de alguma forma, todos faziam parte do conjunto da obra.
Estamos acostumados a navegar entre torres de Babel, mas nesse dia especificamente, veio como um ar fresco de paz no meio de notícias turbulentas. Tolerância, respeito e alegria. Ficou bonito.
E se algum dia eu tiver que me lembrar dessa segunda-feira, é essa a parte que vou escolher.
ameei! bjs