Ontem foi minha primeira aula particular de francês. Gostei.
Em princípio, queria fazer em casa mesmo, já que é o mesmo preço. Entretanto, agora para setembro não daria tempo de se agendarem. Como não queria perder nem mais um dia, topei fazer na própria Aliança Francesa, em um horário também um pouco mais tarde que o solicitado.
Às vezes é bom dar uma chance ao caos, porque para ser sincera, até que gostei de ir até lá, me força a sair de casa e ir com a cabeça voltada para isso. É possível que acabe seguindo esse mesmo horário que era provisório.
Desde fevereiro que não falo uma palavra em francês, não tenho com quem praticar. Falar sozinha como uma doida em conversas imaginárias é meio bizarro, então, fui perdendo a fluência. Cheguei a pensar que havia perdido tudo, o que dá um pouco de desânimo, mas não é meu primeiro idioma aprendido, já sei que assim que a gente esquenta os motores, começa a vir de algum lugar escondido no cérebro e você fala.
Então, lá fui eu e minha cara de pau para a aula. O professor é do sul da frança, um sotaque mais claro que o parisiense, melhor para quem está aprendendo, eu acho. Minha primeira impressão foi boa, pareceu simpático e seguro.
Começamos a conversa em espanhol, para explicar o que estava pensando, porque queria ter as aulas, se ele poderia dar um enfoque no vocabulário relacionado à gastronomia etc. Ele me fez uma proposta de como conduzir o curso, falou sobre o método dele e senti firmeza.
Não deixava de ser engraçado, considerando que sou brasileira, ele francês e estávamos nos entendendo em espanhol, para ter aulas de francês em Madri. Mais estranho ficou quando pedi para ele ligar o ar condicionado e ele teve dúvidas porque o comando estava em inglês, e eu traduzi. Que babel!
Muito bem, a partir daí ele me disse para seguirmos em francês, até para ele avaliar em que nível estava.
Olha, é o seguinte, uma coisa que já entubei há anos é não ter vergonha de falar errado. Porque pior é ficar travada resistindo e não falar nada. Sendo assim, j’engatê la primerrá e saí tentando falar o melhor possível. Obviamente, algumas palavras eu invento no caminho, mas modéstia às favas, até que saiu mais natural do que imaginava.
Ele me deu uma animada dizendo que estava falando bem, havia um ou outro erro que ele foi me corrigindo e chamando atenção. Mas o importante é que conseguia me comunicar e me fazer entender, se não por um caminho, por outro.
Beleza, então vamos nessa!
Achei legal que ele também começou a me passar vocabulário de cozinha, como nomes de panelas diferentes, por exemplo. Não precisamos falar só sobre isso, mas é uma área importante para mim.
Saí da aula toda empolgada. Por um lado por ter gostado, mas principalmente por ter começado a fazer alguma coisa nesse sentido, dado mais um passo. Faz nossas metas parecerem mais reais. Se elas serão alcançadas é outra história, mas detesto improvisar, principalmente quando não preciso. Estou pleiteando um estágio em uma área onde nunca trabalhei antes, em outro país e com a barreira da língua. Se puder pelo menos amenizar algum desses pontos, muito melhor, né?
Pois que assim seja, vamos ver como evolui e depois eu conto.
Bon courage!
Oi Bianca
Este fim de semana a Luciana fará vestibular para gastronomia. Aqui o curso dura 2 anos e depois tem estagios a fazer e cursos específicos. Eu adorei a idéia e no que depender de mim tera todo meu apoio.
Beijos
Marianne
Oi, Marianne! Que máximo! Vou ficar na torcida 🙂 Besitos