53 – Blitz! Documentos… Ué, só temos instrumentos!

Tá bom, tá bem, admito, não tenho maturidade! O problema é que sou casada com outro louco que cataliza o efeito. Adultos que gostam de brincar são muito mais perigosos que crianças, porque a gente não precisa convencer os pais a nos dar os brinquedos.

 

Agora estou na fase totalmente percussão, Luiz também entrou na onda, ou seja, já viu, né?

 

O caso é que a cada aula que frequento, me apaixono por um instrumento diferente. O resultado? Uma imagem vale mais que mil palavras e essa mini escola de samba se encontra na nossa sala.

 

 

Sim, temos um djembe, que já tinha antes, e compramos um tamborim, um pandeiro, um ovo ganzá, um repinique e, por último, a maior aquisição, um tam tam.

 

O tam tam ainda foi negociado, porque no fundo o que queria mesmo era um surdo. Acontece que queria assim um surdinho, daqueles que até escutam um pouco, usam um aparelhinho para surdez… Mas na única loja onde encontramos instrumentos brasileiros aqui, só havia um surdão, daqueles obesos! Era realmente enorme! Tentei ser um pouquinho razoável e imaginei que se algum dia mudarmos desse apartamento, o tal do surdão ia virar minha mesa de jantar! Então, tá né? Tentei outro diferente e peguei um maluquinho, o tam tam. Digamos que tenha mais a ver com minha personalidade. Primeiro, não gostei tanto, porque originalmente ele deveria ser tocado de banda e com as mãos. Eu queria era aquele baquetão poderoso e batucar estilo Pelourinho.

 

O dono da loja, que não é bobo, percebeu o dilema e me mostrou que podia prender o instrumento na cintura e soltar o braço. Ah, bom, aí foi outra história. Senti logo a melanina circulando nas veias. Resolvi que se um dia eu ficar boa no tam tam, pensarei no surdo.

 

Em casa, improvisei uma baqueta com uma madeira que Luiz tirou de um guardador de vinhos desmontável e uma espuma de um rolo de pintar. Essa é a vantagem de ter um atelier, você sempre tem alguma coisa que pode ser transformada.

 

Estava simplesmente tarada para experimentar o tam tam. Aqui em casa não dá para praticar, o som reverbera demais e não quero problemas com vizinhos. Depois, não tem nenhuma graça tocar de leve, a gente quer mesmo é arrepiar.

 

E fomos nós para a aula, com nosso pequeno bloco mais ou menos portátil.

 

Meu novo maluquinho não decepcionou, soltei o braço e a franga, segundo minha professora, com valentia. Luiz, por sua vez, se empolgou no repinique e ficou um perigo! Ou seja, nos convertemos em dois monstrinhos batuqueiros! Os outros alunos também mandam ver. É claro que a gente atravessa para burro! Uns mais, outros menos, é mais difícil do que parece e há apenas um mês que nos reunimos, uma vez por semana. Mas boa vontade não falta e otimismo da nossa maestra vai nos levando para frente.

 

Fazemos rodízio de instrumentos, somos muito iniciantes e é importante entender um pouco de todos, depois optar pelo que se sente mais confortável. O meu problema é que gosto de tudo! O tamborim é show, te dá mobilidade e enfeita… tá tá-tá-tá-tá tá tá tá-tá tá tá tá… O pandeiro é bem legal, mas exige certa concentração. Minha mão começa a suar e ele escorrega, mas acho que é uma questão de treino. Gosto de tocá-lo no partido alto… tum tum tá tá tum tá tum tá… O ganzá é pequeñito pero cumplidor… chch chch chch… Mas sinto que o meu negócio mesmo é a marcação, muito bom! Encarno a personagem total, perco a vergonha.

 

É um pouco constrangedor contar, mas me pego algumas vezes ao dia pagando flexões de braço para ficar mais forte. Queria dar conta de puxar a marcação, não é mole, geralmente é função masculina. Tudo bem, ando meio abusada, vamos ver o que acontece.

 

Infelizmente, nosso curso intensivo acabou ontem. Entretanto, acredito que em setembro a gente continue. Bom, eu com certeza vou continuar, mas acho que o legal é ser com esse mesmo grupo.

 

Enfim, que nos aguardem! Os tímpanos madrileños jamais serão os mesmos!

 

6 comentários em “53 – Blitz! Documentos… Ué, só temos instrumentos!”

  1. Hahahaha DOREIIIIIIIIIIIII rsrs olha chica, menos mal que nao tenho onde guardar tanta coisa assim , mas ja estou me vendo em Sampa na CONTEPORANEA no meio daquele mooooonte de instrumentos e eu enlouqueciiiiiiiiiida pra comprar tuuuudo hehehehe e o “meu monstrinho” do lado querendo tbem rsrs acho que pensaremos …..

    hummm mas se a gente jogar fora a mesa e colocar o tam tam no centro da sala, e aquele sofá …. hummm acho que nao tem porque ter dois sofás né? hahahaha e assim vamos arrumando espaço pros instrumentos !!!!

    É isso ai “negona do pelô” ta mandando muiiiito bem na marcaçao e acho que a “cor do verao” ta ajudando hehee
    Beijossssssssss

  2. Particularmente, acho que você deveria pensar em uma nova, digamos, decoração para seu apartamento. Assim, algo mais musical… 😛

    Menos mal que você mandou bem no tamborim… heheheh… mais fácil de esconder!

    Besitos

  3. Oi Bianca

    Voces são chegadinhos em novidades heim?
    Isso é bom, música sempre é bom.
    Boa sorte.
    Beijos

    Marianne

  4. Oi, Marianne! Sim, adoramos uma novidade. Mas nesse caso, já é algo que queria fazer há anos! Faltava só a oportunidade e assim que ela surgiu…

    Besitos

  5. Vocês não são fracos, não! Eu desisti de comprar um Janggu (lembra, aquele tambor coreano em forma de ampulheta), prá ele não virar banqueta no quarto!
    Bjs!

  6. … hehehehe… é difícil para a gente se controlar! Realmente, ocupa um certo espaço importante, mas é tão bom!

    O problema é que é muito barulhento para praticar em casa, fico com vergonha dos vizinhos. O tam tam faz a parede tremer.

    Besitos

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