Em pleno sábado, frio de menos 2 graus, Luiz e eu largados em casa vendo filme e comendo pipoca. Até que Luiz se animou e me chamou para sair. Normalmente, esse é o meu papel, mas ando meio marcha lenta e ele assumiu o comando. Ainda bem!
Enquanto me arrumava, ele ligou para uma amiga nossa que mora aqui perto e chamou ela e outro amigo. Acabou que só foi ela. Fomos para um bar quase na esquina, o Finos y Finas, tomar um vinhozinho e beliscar algumas comidinhas no balcão. Daí, nossa amiga que nos encontrou lá falou de um lugar bem próximo que ela havia conhecido e achou as músicas legais.
Músicas legais? Como assim? Esse tipo de argumento em Madri deve ser conferido imediatamente! E ainda por cima era perto! Eu que na rua me animo e já havia engatado a terceira, pulei logo para quinta marcha e acelerei: então, vamos!
O lugar se chama Posada de Las Animas e, no que depender de mim, serei cliente! A decoração é meio teatral, assim, dramática. Talvez um barroco modernista, com anjos pendurados, enormes candelabros e longas cortinas vermelhas. Muitos espelhos e iluminação bem planejada, como deve ser. As prateleiras dos bares são montagens com antigas cadeiras de cinema, adornadas por milhares de garrafas de bebidas e vídeos em tela de cristal líquido. A bebida é cara, mas não se paga entrada nem tinha fila. E, muito importante, a frequência média se posicionava acima dos 30 anos.
A música era realmente boa. Entramos direto para a pista e dançamos até cansar! Nesse momento, me arrependi de estar tão bem agasalhada. Putz! Que calor! Também, como iria advinhar que de moribunda no sofá acabaria pulando numa pista de dança?
Enfim, indo embora a pé em um frio de 6 graus negativos, vivi a seguinte contradição. Meu corpo ainda suava de calor por ter dançado e minhas orelhas queriam descolar da cabeça de tanto frio! Bom, o nariz nem sei onde estava, porque no meu rosto não sentia.
Pues nada… pero, bueno, que estava muy bien, así que a lo mejor volveré ¡guay, tío!