Sábado fizemos uma festa para comemorar os 13 anos de casados. Todo ano que é possível a gente comemora e, dessa vez, para 13 anos de bodas, foram 13 horas de festa! Estávamos prontos à tarde, a partir dàs 13:00 horas, e às duas da matina foi embora o último convidado.
Segundo Luiz, foi praticamente uma rave. Idéia essa que adorei para as bodas de ouro, já pensou? Aquele monte de velhinhos em uma rave? Ao invés de consumir extasy e ácido, optaríamos por viagra e prozac. Acho que seria um sucesso! Fora aquela fila ao lado da pista de dança para tomar oxigênio. Porque certamente, junto ao DJ, contrataria médicos e enfermeiras para ficarem de plantão. Bom, mas para essa ainda faltam 37 anos, então vou me concentrar na festa passada.
Como de costume, ao longo da semana fui preparando as comidinhas e comprando as bebidas. Dessa forma, não ficou tão pesado. No dia mesmo, chutei o balde e aproveitei a festa como uma convidada. Fiz carne louca, salpicão de frutos do mar, tomates pata negra em azeite e balsâmico, beringela assada, salada de batata e, o campeão, caldinho de feijão. Também comprei uns queijinhos, frios, salgadinhos de pacote, essas coisinhas para beliscar. De bebida, como sempre a caipirinha é a favorita. Mesmo assim, consumimos cava, cerveja e vinho. Claro que coca-cola para as crianças, que vieram durante à tarde, e um dos amigos que não toma um pingo de álcool. Ninguém saiu da linha, mas foi o suficiente para estarmos alegres. Se tivessem exagerado também, pouco me importaria, provavelmente acompanhasse.
A idéia de fazer o dia de comemorações, que copiei de uma amiga aqui de Madri, me pareceu interessante por vários motivos. Sábado é um dia que costumamos ter mais de um compromisso e acaba sendo a escolha de Sofia. Além disso, tem os amigos com filhos que às vezes não conseguem babá, tem os amigos que não conseguem acordar porque foram para balada na noite anterior, tem os que querem seguir para noite depois da festa, tem os que se adaptam a qualquer horário, enfim, dessa maneira, fica conveniente para todos. Dificilmente em meu apartamento caberia todo mundo ao mesmo tempo, assim o caos que se encarregasse de esvaziá-lo ou enchê-lo. E viva a anarquia!
A verdade é que me diverti pra burro! Adoro a casa cheia, fica animada e dá um astral muito bom. Digo sempre que temos muita sorte com os amigos que conhecemos, cada um com seu próprio estilo e personalidade. Sei que a conversa fluiu sem dificuldade e mesmo as crianças se integraram sem problemas. A sensação que tenho é que tudo funcionou e não vi a hora passar.
Bom, também é verdade que ao fim da noite os olhos do Luiz já estavam pequenininhos. Nas fotos fica até engraçado ver como a expressão dele vai mudando. Eu continuava ligada na tomada 220V, movida a cava, entretanto, admito que no dia seguinte era totalmente imprestável. Não consegui nem por o nariz na rua. A gente morgou o domingo inteirinho! De qualquer forma, era bom ficar em uma casa cheia de flores, chocolates e comidinhas do dia anterior.
Estava feliz. Compartilhar esse momento me deixou mais feliz ainda, é sempre como reforçar um ritual. Continuamos aqui, juntos. A responsabilidade é nossa, mas a energia boa dos amigos ajuda a tocar a vida para frente e disso não quero me esquecer, portanto, celebramos. Vinícius que não me leve a mal, mas que seja imortal e infinito para sempre, e pronto! Não é tão poético, mas é romântico e bem mais gostoso.