74 – Quando um peido é capaz de derrubar um avião

Felizmente, a cirurgia do meu pai correu sem maiores problemas. Hoje ele vai para o quarto e já poderá receber visitas. O médico tirou de sua artéria uma quantidade de gordura de forma e tamanho de um camarão empanado!  Ele estava calmo, sua maior preocupação era que ficaria com fome muito tempo, ou seja, tenho mesmo a quem puxar.

 

Mais relaxada, lá fui eu assistir o jornal na TV. Havia reclamado tanto das notícias de desgraça e não é que veio uma reportagem no mínimo curiosa?

 

Essa neurose americana do controle de tráfego aéreo chegou ao limite do ridículo. A reportagem tratava de um avião da American Airlines que pousou por medidas de segurança e expulsou uma passageira antes de prosseguir o vôo. A parte hilária é a história. Aparentemente, a senhora em questão comeu algo que não devia, o que gerou digamos assim, gases. Com vergonha do cheiro, ela acendeu fósforos para disfarçar. E o cheiro dos fósforos, por sua vez, assustou a tripulação e outros passageiros. A propósito, fósforos são proibidos nos vôos. Portanto, se você comeu repolho antes de embarcar, melhor levar um perfuminho. Mas lembre-se, pequeno, porque o limite me parece que é de 50 ou 100 ml e deve ir em um saco plástico transparente. Agora, voltando ao assunto, foi o cheiro dos fósforos que assustou?

 

Resumindo: peidar nos EUA agora pode ser considerado um ato terrorista! Dependendo do aroma em questão, devo admitir que talvez não seja uma medida tão negativa.

 

O repórter que dava a notícia até tentou guardar um tom mais sério, chamando os puns de flatulências. Mas a verdade é que mal conseguia conter o riso.

 

Enfim, imaginem o mico dessa pobre senhora flatulenta, com a melhor das intenções aromáticas, sendo expulsa com o avião inteiro sabendo que ela era peidona! Pior, dá para imaginar o depoimento? Ela com aquela luz na cara, algemada e o policial perguntando: minha senhora, qual o motivo de acender fósforos durante o vôo? E ela preferindo dizer que era terrorista só para não assumir que peidou! Não, francamente, porque depois desse circo todo eu preferia ir para Guantamo que assumir o ato flatulento.

 

Convenhamos, se ainda fosse um homem, vá lá. Porque certamente ele se transformaria no herói da galera e contaria com enorme orgulho, durante a partida de futebol, que seu peido supersônico era tão poderoso que fazia até avião interromper o vôo! Mas uma senhora… coitada!

 

Enfim, acho que usei todas as palavras proibidas na internet para ser rastreada, só faltou bomba, ui, falei! Ai, que mêda!

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