Na sexta-feira, nossas camisetas-abadás ficaram prontas. Fizemos uma reuniãozinha para distribuí-las, decidida em última hora como sempre. Seria complicado levar no dia seguinte, porque todo mundo já queria chegar vestido.
Não dava tempo para preparar grandes coisas, porque além do mais, estou esvaziando a geladeira e deixando as comidas prontas no congelador para o Luiz. Então, pedimos pizza e estamos conversados.
No sábado, o dia finalmente amanheceu ensolarado, o que instantaneamente me deixa de bom humor. Por volta dàs 13:00hs, veio a proprietária com mais um casal de vizinhos e fomos ajudá-la a terminar a mudança dos móveis que estavam no nosso apartamento. Todo mundo ajudou um pouco e foi rápido, ainda que meio pesado, principalmente para os dois homens. Aproveitamos o bom tempo e resolvemos arrumar nossa terraza também. Agora tínhamos espaço para a cama, que estava literalmente mofando no telhado! Desmonta daqui, lixa dalí, carrega para cá, encosta para lá… Nos deu algumas horas de trabalho não muito leve, mas conseguimos restaurar razoavelmente o tatami quase perdido e a estrutura de madeira úmida. Mas preferimos deixar para montar no domingo, afim de que tudo secasse um pouco mais.
Descansadinha básica no fim de tarde, para aguentar uma noite que prometia. Tratei de comer bem no jantar e tomar bastante líquido. Roupa confortável, contas do ilê e minhas inseparáveis botas de trekking velhas de guerra!
Pouco antes das 23:00hs, encontramos a galera imparável na Plaza de España. Seguimos em mais ou menos umas 40 pessoas, num ônibus fretado pelo El Doblón, local da festa. Metade dessas pessoas era o nosso grupo. E ali mesmo já começamos a bagunça.
Uma das amigas levou uma tesoura e deu uma de estilista para a ala feminina. No início, fiquei meio preocupada de não dar certo e esperei para ver os modelitos que iam surgindo com os cortes nos nossos abadás. Depois me animei e, realmente, ficou muito melhor.
Outro amigo levou pão e jamón para fazer sanduíches no fim da noite. Imagina isso? Um ônibus fretado, abadás e comida! Farofa total! Só faltou o franguinho!
Engraçado que no Brasil, há alguns anos atrás, acho que morreria de vergonha de fazer algo assim e agora acho tudo natural. Não sei, em parte, o fato de estar fora do meu país me faz importar menos com as opiniões alheias. Mas acredito que tenha também um componente de idade e da maturidade que teoricamente vem com ela. Gosto dessa sensação de liberdade em não me importar, de me sentir confiante em situações que antes me pareceriam bizarras; me interessa poder navegar em mundos e gostos distintos. E quanto mais relaxo, mais disfruto e mais entendo que não faz diferença o que fazemos, vale a intenção e a companhia. Importa um olhar mais atento, de preferência em um ângulo que não estejam prestando atenção, e a capacidade de extrair conhecimento de cada experiência.
Chegamos ao local e fomos muito bem recebidos. O lugar era enorme, o que me fez pensar que seria difícil enchê-lo. Felizmente, estava enganada, ao longo da noite lotou, mas sem ficar desconfortável.
Na verdade, não estávamos nada desconfortáveis! Chegamos cedo, ocupamos os melhores lugares e, por ser um grupo grande, parecia que estávamos na sala de casa, pelo menos, para mim parecia. Como sempre, tratei logo de acionar minha bolha pessoal de proteção, que me deixa imune e invisível a qualquer mal do universo.
O show dos nossos amigos foi 10, eles capricharam e acho que as outras pessoas também gostaram. Pequeno detalhe, ganhamos um agradecimento especial pelo microfone, juro! Algo como, agradecemos a presença dos Imparáveis que vieram de Madri prestigiar o evento! Isso com minha amiga atrás se acabando de rir e dizendo, ainda vamos fazer história! Sem falar do pessoal que perguntava onde poderia comprar nossa camiseta. Dava vontade de tirar onda e dizer, esse abadá não se compra, você tem que merecer!
E, definitivamente, honramos a camiseta imparável!
O pior é o seguinte, sempre tomo muita água enquanto bebo álcool, e muitas vezes Luiz me ajuda a lembrar disso. Acontece que dessa vez, ao invés de comprar água, ele comprava Red Bull, para ele claro, só que eu bebia. Ou seja, se já sou naturalmente elétrica, parecia que fui ligada em uma tomada 220W.
Enfim, pelas 5 da matina, nossa condução estava pronta para nos levar de volta a Madri. Óbvio que um cidadão do nosso grupo precisou sair literalmente carregado e não conto nem que me cortem a cabeça quem foi. Mas em caso de micos extremos, nada melhor do que ter amigos. Verdade que somos uns amigos meio sacanas, porque primeiro a gente fotografa, depois a gente ajuda, mas tudo bem.
A viagem de volta foi peculiar. Uns dormindo, uns enjoando, uns fotografando e eu de rodomoça ajudando a distribuir os sanduíches que nossos amigos levaram. E não é que bateram um bolão? Viva a farofada! Da próxima vez, deveríamos vender!
No ônibus mesmo, Luiz percebendo que ainda não estava exatamente cansada, foi logo avisando enfático: eu não vou voltar para casa caminhando, entendeu? Na Plaza de España pegamos um taxi! Achei que ele estava falando sério e me conformei, porque na prática eu e minha hiperatividade crônica voltaríamos para casa pulando em um pé só e assoviando. Quem mandou me dar Red Bull?
Ainda esperamos um pouco na praça, apoiando a operação resgate do amigo borracho, mas o importante é que tudo deu certo. Chegamos todos quase sãos e salvos. E felizes.
Pensa que acabou? Nada! Domingo nos restava uma cama japonesa com tatami pesadíssimo para montar. Queria deixar tudo arrumado antes de viajar, porque senão sobraria para Luiz sozinho. Deu um pouco de trabalho, mas melhor do que imaginava. O problema é que a pressa em resolver deixou um pouco de cheiro de umidade, e passo o dia colocando aromatizador no quarto. Tenho deixado a janela um pouco aberta, mas não dá para ser muito tempo, estamos no inverno. Vamos ver se resolve, espero que sim, porque apesar da nossa cama ser meio trambolho, gosto dela.
E assim, dei por encerrado o pré-carnaval. Agora a cabeça já embarcou na próxima viagem. Embarco na quinta-feira, com destino à cidade maravilhosa e, se tudo der certo, uma ligeira aterrizada em Sampa. Amigos do outro lado do oceano, dia 12 estou chegando!
Farofeira… quem te viu e quem te vê… hahaha
Oi Bianca
Como assim se der eu vou pra Sampa??????????
Estamos te esperando sim viu?
Beijos
Marianne
Caraca chica, domingo que pra nós é sempre quarta feira de cinzas voces ainda foram “aloitar” com a cama????
Caraaaaaaaaaaammmbaaaaaaaaaaaaaa!!!!!
Bom, mas pelo menos já ficou tudo no lugar né?
E ai, malas prontas???
Beijos
Imparavel Contundida rsrs
Oi, Claudinha! Farofa total! Chegando na boite de busão! 🙂 O pior, ainda achando divertidíssimo!
Besitos
Oi, Marianne! É que só gosto de dizer que vou quando tenho 100% de certeza! E a passagem só vou comprar lá, talvez vá de carro, estou decidindo ainda. O plano A é ir pelo dia 27, para pegar a exposição da Vivi. Tem lugar para dormir aí ou na Anna? 😛
Besitos
Oi, Didis!
Não tô falando que Luiz foi me dar Red Bull? Com energético na cuca preciso de mais atividades que o normal… ahahahahahah… Mas agora sério, precisávamos arrumar tudo, porque estava ameaçando chover e não dava para deixar as coisas na terraza, a tenda ficou destruída com o vento.
As malas, vou fazer agora, mas isso é fácil. Minha mãe diz que não viajo com mala, mas com pochete! Só levo o fundamental!
Besitos
Da próxima vez vou voltar de busão!!
A festa realmente foi boa, A IMPARÁVEL foi eleita!!
Vou ficar com saudades estes dias. Aproveite bem sua viagem!
bjos
Oi Bianca
Que pergunta não????!!! Claro! a minha mãe vai adorar a sua companhia, mas se quiser na minha casa ou na casa do Rosmary, também esta disponível.
Até lá então.
Marianne
Oi, Dani!
Vou sentir saudade da animação de vocês também! Não posso me queixar do carnaval carioca, mas bem que gostaria de juntar as duas coisas.
Até breve! Besitos
Oi, Marianne!
Beleza! É só porque não tinha certeza se vocês iam viajar, mas combinamos direitinho quando estiver por essas bandas! 😉
Besitos