Sou daquelas que seguem totalmente o esteriótipo de mulher que não entende chongas de marca de carro, das que procuram pela cor. Não quer dizer que tenha mau gosto, nem que não possa perceber quando se trata de um bom carro. Mas falando sério, é que não ligo.
Muito bem, Luiz precisou deixar o carro na revisão e, portanto, teria direito a ficar com outro alugado por esse período, sem custos adicionais.
Dali a pouco, me liga ele, escuta, quer pegar um carro xpto %^&*X conversível? Por que não? Deixa o menino se divertir, né? E depois, até que seria legal tirar onda em um conversível por uns dias.
Tudo muito bom, tudo muito bem, chega ele com aquela cara de quem fez arte. Caraca, peguei um BMW Z4 vermelho, definitivamente, estou na crise dos 40! (claro que tive que perguntar outra vez para ele como chamava a marca) E eu, que nesse momento não tinha muita certeza de que automóvel ele estava falando, me concentrei apenas na última parte da frase, da crise dos 40, e pensei, enquanto a “menininha” que estiver do lado for eu…
Saímos em seguida juntos, quando finalmente me dei conta do que ele estava se referindo. Putz! O carro só não chamava mais atenção por falta de espaço! Vermelhíssimo e, admito, lindo!
Pois só de olhar, já me deu vontade de rir e, juro, um pouco de vergonha de sair por aí tirando onda. Começa que para entrar eu parecia uma pata choca atrapalhada, detonava qualquer glamour. Porque você não entra no carro, você mergulha. Foi quando me ocorreu que talvez seja uma das razões por eles preferirem menininhas, é mais fácil entrar e sair do automóvel com dignidade.
Primeira providência: colocar correndo meus óculos escuros da invisibilidade!
Saímos da garagem e comecei a achar que, pensando bem, uma vez sentada, até que era bem confortável. E o motor fazia aquele barulho de potência, que não vou negar, atiçou o ego.
Nos primeiros segundos, passamos por um homem que seguiu o carro com o pescoço. Não falou nada, mas tenho certeza absoluta que ele pensou em câmera lenta: fi-lho-da-pu-ta!
O pior é que aconteceu o inusitado, três minutos depois, não é que estava gostando da brincadeira? Das duas uma, ou sou muito boba, ou também estou na crise dos 40!
Agora, falando sério, após a gaiatice, foi uma delícia passear pelas ruas de Madri em um carro aberto. Melhor na volta, quando a temperatura estava mais amena. Parei de prestar atenção em quem nos olhava e a curtir o momento. Decidi que também ia dar uma dirigidinha depois para ver como era. Além do mais, é muito diferente andar em um carro assim quando você não tem medo de alguém te apontar uma arma na testa ou sair correndo com sua bolsa. Você desfruta sem culpa.
Chegamos em casa e me passou pela cabeça, que o vizinho, com duas filhas e um carro totalmente familiar, ia olhar para o lado e se rasgar de inveja. O pensamento malévolo me assustou. Ai, meu Deus! Será que estou virando um homem? É esse carro possuindo meu espírito!
Resumo da ópera, logo no dia seguinte, nosso verdadeiro carro ficou pronto da revisão. Tivemos que devolver o tal do conversível. Luiz e eu nunca ficamos tão decepcionados em sermos bem atendidos e termos nossos problemas resolvidos tão rápido! Caramba, não dava para eles atrasarem só um pouquinho a bosta do serviço!
Maior sacanagem isso, logo quando já estava até aprendendo a entrar e sair do carro sem me estabacar. Não deu tempo nem de tirar uma fotozinha de nada.
É… sefodeaí.com…
Hahaha adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii rsrsrsrs putz e nao deu mesmo pra tirar a foto???? sacanagemmmmmmmmmmmmmm
beijosss
Nada menina! No dia seguinte, durante o trabalho, o Luiz recebeu a ligação da oficina dizendo que estava tudo pronto! Não deu nem para ele vir para a casa primeiro, ou seja, sem fotos nem nada! Acabei nem dirigindo o carro…
Sefodeaí.com, total!
Besitos
Oi Bianca
Comprei um carro vermelho, pequeno e não é uma BMW, mas concordo que só por ser vermelha já chama atenção pacas.
O Claudio em Miami fez a mesma coisa que o Luiz alugou um carro conversível só por farra e adorou, apanhou um pouco no início com a capota que era automática mas matou a vontade e a curiosidade.
Beijos
Marianne
Vamos combinar, é bom de vez em quando tirar uma onda, né? Ainda mais na faixa! O problema é que não durou nadinha… nem deu tempo para eu dirigir 😦