A idade vai chegando para todo mundo, paciência. Já não tenho mais a mesma energia para ir a grandes shows, me preocupa logo se vai ter banheiro limpo, se a bebida é boa, se tem o que comer, enfim, claro que não, né? Quem quer tanta comodidade que assista DVD na sua sala.
Mas daí veio o Rock in Rio, o que me remete aos primeiros, quando não me importava nem um pouco esse conforto, queria mais era me acabar vendo ao vivo e a cores nossos ídolos inalcançáveis. Ainda por cima tinha na programação The Police! Putz! Aí é até maldade, como é que ia resistir? Impossível, tinha que ir. E fui!
Fui com Luiz e um grupo de amigos, estávamos em oito pessoas, além dos que encontramos na cidade do rock. Marcamos aqui em casa às 17:00hs para o aquecimento.
Confesso que o ar condicionado e a bebida boa me faziam pensar se era mesmo uma boa idéia me despencar até Arganda del Rey com sol na cuca. Montamos nossa estratégia de “coroas”, vamos depois das 19:00hs, quando o sol estiver mais baixo, e assim também não enfrentamos muita fila. Não me importava tanto chegar um pouco depois dos shows iniciados, afinal de contas, pessoalmente admito a tietagem, ia por causa do The Police.
Por volta das 20:00hs, chegamos ao Estádio Santiago Bernabeu, de onde a organização do evento providenciou ônibus gratuíto até a cidade do rock. Diga-se de passagem, super bem organizado e não enfrentamos fila nenhuma, talvez pela hora.
Bom, começamos nossa farra no ônibus. Acho que voltei aos dezoito anos e nem foi tão difícil. Levamos uma garrafinha de cachaça, meio na dúvida se poderia entrar no show. Problema esse resolvido no ônibus mesmo, na metade do caminho a pobre havia evaporado.
A entrada no local também foi bastante tranquila, outra vez, muito bem organizado. Logo após passar pelas primeira tendas, havia algumas fontes de água. Não pensamos duas vezes e entramos no jogo, já diz o ditado, quem entra na chuva…
Foi um impulso que se provou sábio em seguida. Com as roupas úmidas, não sofremos com o sol, que só baixou quase às 22:00hs. E depois disso, estávamos confortáveis com a temperatura. Ou seja, o calor não atrapalhou em nada.
Chegamos ao palco principal, onde o Estopa estava tocando. Gostei, achei divertido e foi bom para animar a nossa chegada.
No chão, colocaram uma grama artificial que achei ótima idéia. Manteve o aspecto de limpo e era agradável deitar ou sentar no solo. Uma as primeiras providências foi arrancar os sapatos, coisa que só coloquei novamente bem mais tarde no show dos meus heróis.
Era possível comprar o que beber e comer, ainda que as filas fossem bastante longas, mas pelo menos havia a possibilidade. A única bebida alcoólica era cerveja, muito razoável, porém não tomo.
Começou o show do Alejandro Sanz. Bom, não gosto de falar mal de artistas, porque gosto não se discute. A espanholada estava amarradona, cantando todas. Eu achei chato pacas! Pronto, falei. Tudo bem, aproveitamos para dar uma relaxadinha na grama e tentei me concentrar no meu mundo feliz. Ficava repetindo mentalmente um único mantra-refrão: message in a bottle…
Passou, ufa!
De repente, não mais que de repente, começou. Advinha com que música The Police abriu o show? Só pode ter sido transmissão de pensamento! Tentei gravar para dar uma palhinha e só depois percebi que a câmera chacoalha o tempo todo. Óbvio, né? Eu não parava de pular! Quem disse que consegui segurar a onda? Exercitei toda a tietagem que tinha direito! Mais tarde, um pouco mais controlada, dei outra gravadinha que saiu melhor.
Infelizmente, não deu para gravar muita coisa do show, estava com pouca bateria, que foi detonada por uma amiga com uma música inteirinha do Alejandro Sanz! Só não quis matá-la porque gosto muito dela, da amiga.
Tudo bem, porque o importante era estar ali, e estava. Cantei todas que sabia e embromei com umas duas que não conhecia. Eles tocaram todas as clássicas, não faltou nenhuma, viajei na maionese completamente. Adorei!
Agora, meninos, incluindo meu marido, saiam da sala um minutinho ou não se aborreçam. Meninas, sim, o Sting é aquilo tudo! Saradésimo! Não é efeito especial. O canalha ainda foi com uma blusa de malha bem justinha transparente e o indivíduo é totalmente definido, sem bombar. Não sobra nada, não falta nada, é até inibidor! O baterista também vai muito bem obrigada, já o guitarrista, está parecendo um pouco uma tia velha papuda, mas continua tocando muito.
Havia gente de todas as idades, de criança de colo aos vovôs do rock, como ouvi chamarem The Police. Que importa? Ter história, fazer parte dela, é muito bom. Na verdade, me sentia bastante à vontade, cúmplice. O tempo nos tocou a todos, mas ainda estamos lá, resistindo bravamente. Meu corpo não sentiu os mais de vinte anos que se passaram, pelo menos não naquele momento.
Enfim, resumindo, para mim, achei 10, nota 10!
The Police, após terminar, voltou ao palco duas vezes. No meio da última música, fomos nos posicionando no fundo e tomando o rumo da saída. Foi bom, porque deu para curtir o finalzinho, mas nos livramos da muvuca.
Voltar para casa também não foi complicado, havia várias filas para ônibus e pegamos logo o segundo da nossa fila. Voltei ainda em transe pelo caminho, Luiz e os amigos cochilando. Chegamos pelas três e meia da matina.
Eu ainda estava bem acordada. Vamos combinar que não é todo dia que tenho 18 anos novamente e não foi nada mal.
Chica, tudo tudo tudo de bommmmmm, falou tudo , a concentraçao, a ida, a garrafinha que a gente achou que ia ter que jogar fora cheia hahahaha até parece né? , nosso banho na chegada, estopa pra animar a galera, filas , cervejas, rizadas, sono com Alejandro , e Eles , aquela coisa linda e saradaaaaaaaaa rsrsrsr
Amanha tem mais, sigo “perando” as fotos hahah ja roubei outras mais da Paty.
Beijosss
Oi, Didis! Vou fazer isso das fotos a-go-ra, nesse minuto, juro! Tive que sair e me atrasou tudo. Esse negócio de crônica com imagem dá o maior trabalho… hehehehe…
Vou lá te ler também!
Besitos
Oi Bianca
Que máximo!!!!, eu ADORO o Police e já pude assistir um show deles também. O Sting é tudo de bom. E ao contrário de voce eu gosto do Alejandro Sanz.
Eu tentei ir num show desses com minha filha, sobrinha e uma amiga aqui em São Paulo e vou confessar que mesmo chegando depois das super filas e tudo mais eu fiquei um bagaço, eu tô véia, tô mais pra uma mesinha com serviço de garçom, é mais caro mais fazer o quê?
Adorei ver as fotos.
Beijos
…heheheh… Marianne, tô igualzinha! Adoro um conforto! Mas se não tem jeito…
Besitos
oi biiiiiiiiiii, adorei a crônica, mas nao é Alcalá de Henares, é Arganda del Rey, hahahahahaha
só pra vc colocar um “erramos”…se bem q nao faz tanta diferença assim, hahahah
beijoca
Oi, Lu!
Não tô só véia, tô esclerosada… hahahahahha… vou corrigir!
Besitos, Bianca