XXXI – As traduções

Por aqui, tudo se traduz! Inclusive nomes próprios. Acho que é resquício da ditadura do Franco, quando as traduções eram obrigatórias. Mas não tenho certeza disso, simplesmente ouvi em uma entrevista na TV. 

O fato é que da primeira vez que fui a um cinema em Madri, quase tive um treco! Descobri que os filmes são sempre dublados e não legendados. Há a possibilidade de vê-los legendados também, mas só em alguns cinemas específicos. Sem brincadeira, a experiência de ver o John Travolta com sotaque cucaracho é algo inesquecível! Ainda bem que não era sotaque portenho, ou juro que subiria na cadeira e berraria: saia desse corpo!  

Foi engraçado também quando fui ao Museu do Prado e havia uma exposição temporária chamada “Durero”. Não conhecia o significado da palavra e fiquei curiosa para saber do que se tratava. Só entendi quando entrei e vi a primeira gravura: Dürer! Aqui o pobre do Albrecht Dürer, se tornou o Alberto Durero. Assim como o príncipe Carlos de Inglaterra, pai do Guilhermo. 

Agora, dose mesmo foi quando compramos nossa passagem para Bordeux e ficamos na dúvida se haviam nos vendido o bilhete correto. É que quando lemos o destino da viagem, constava “Burdeus”. Francamente, você prefere tomar um vinho de bordeux ou de burdeus? Eu acharia que era alguma falsificação paraguaia mal feita! 

Estou pensando seriamente em adotar esse esquema. Já estou quase dizendo que me chamo “Blanca”, é menos mal do que ver meu nome escrito “Vianca”. Viu a anca de quem?

Uma consideração sobre “XXXI – As traduções”

  1. hahahaha… Vianca é flórida!

    Realmente é muito chato isso de traduzir tudo, eu acho super errado, o Ernesto acha super certo, mas tudo bem! O meu nome também foi traduzido quando me transformei em espanhola (oh!), meu nome no Brasil é Alessandra Fabiola Mosquera, só tenho o sobrenome do meu pai porque a minha mae adotou o nome dele quando se casou. Aí, quando foi fazer “los papeles”, me escrevem: ALEJANDRA FABIOLA MOSQUERA TURCHIARI – o Turchiari era o sobrenome do meu avô, padrasto da minha mae, que ela nao queria mais levar. E o Alessandra virou Alejandra.

    Mas florida mesmo é uma amiga do Ernesto, que se chama Arantxa. Como ela nasceu na época que o Franco ainda era vivo, tiveram de registra-la como Aranzazu, que é Arantxa em castelhano (Arantxa é vasco, creio que vc sabe).

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