XXIX – Ora, pois!

Passamos um fim de semana em Portugal. Pegamos um avião para Lisboa e lá alugamos um carro para passear pelos arredores. Fomos a Caiscais, Estoril, Sintra, Queluz e Mafra. Além de passear por Lisboa mesmo. 

Fui a Lisboa quando tinha uns sete anos, no máximo. Lembrava-me de algumas coisas, mas muito pontuadas e nebulosas. Agora voltando adulta, aos poucos fui me lembrando de outras e o resto conheci como se fosse a primeira vez. A cidade me lembrou muito o Rio de Janeiro, na sua parte mais antiga, e São Paulo, na mais moderna. Natural, né? Meus destaques, daria para Castelo de São Jorge, Monastério dos Jerônimos, Torre de Belém e Docas.  

No Castelo de São Jorge, quando criança, me lembrava de perseguir algumas galinhas-da-angola. Essas não estavam mais lá, devem ter virado canja faz tempo! Dessa vez haviam pavões. 

O que achei engraçado foi a minha dificuldade com o sotaque português. É que agora estou fora do Brasil há uns dois anos e me acostumei a mudar a chave na cabeça para “idioma estrangeiro”. Quando escuto o português de Portugal, me soa como estrangeiro e, automaticamente, tenho o reflexo de falar outro idioma. É ridículo! Mas paguei o mico de ter dificuldade em falar minha própria língua! Fiz um passeio de bonde, com narração por onde passávamos. Preferi usar a opção “espanhol” e o Luiz “inglês”, ficava mais fácil!  

Claro que teve a parte gastronômica! Comemos uns camarões enfurecidos no restaurante Ribadouro, próximo à praça dos restauradores, daqueles que devem dar surra em lagostas, juro! Cada dois camarõezinhos pesavam meio kilo – e isso não é linguagem figurativa! Também aproveitamos para ir a uma churrascaria brasileira, a Búfalo Grill, ai que delícia! Aqui em Madri, comemos muito bem, mas falta uma boa churrascaria. 

Em Atlanta havia excelentes churrascarias, todas brasileiras. Eram caras e bem frequentadas. Acho que nem no Brasil comi tanta picanha na vida! Além do que, conhecemos um amigo americano que se apaixonou pelo churrasco brasileiro. Na sua casa, Luiz o ajudou a improvisar uma churrasqueira com tijolos refratários. As carnes, podíamos comprar no “Brazileirão Supermercados” ou no “Coisas do Brasil” (os nomes eram exatamente assim, e lá dentro só o gerente sabia falar inglês!).  Esse amigo apaixonado por churrasco. Mudou-se depois para Vermont. Na sua bagagem, levou várias peças de picanha congelada. Passamos um Reveillon com ele e fizemos um churrasco, abaixo de zero, no meio da neve, daqueles que precisava se colocar papel alumínio em cima das carnes. As cervejas eram enterradas no chão, também na neve, para gelar. 

Caramba, e não é que estou falando de comida outra vez! Mas já que o assunto é esse… voltando a Lisboa, quase ao lado do Jerônimos, você compra o melhor pastel de belém do mundo! Sai quentinho, uma delícia! Tem sempre fila na porta. Também, a casa foi fundada em 1837. Depois de quase 200 anos, eles tinham que aprender, né? 

Gostei muito da parte moderna da cidade, onde fica o Parque das Nações. Foi fundado um shopping, Vasco da Gama, que apesar do nome é lindo! A sua volta tem um centro de exposições, prédios modernosos, teleférico, é bem interessante.  

Domingo à noite, voltamos para Madri. Exaustos! Adorei a viagem!

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