103 – Um show quase bom e a língua sem palavras que queria dominar

Fomos ao show de um conhecidíssimo bailarino flamenco, que queria ver há algum tempo. Não quero dizer o nome dele, pois apesar de sua apresentação ter sido impecável, o som estava péssimo e houve uma série de problemas que prejudicaram o espetáculo como um todo. Uma pena! Fora o fato que seu ego subiu um pouco a cabeça e, como se diz aqui, estava um tanto creído. 

Mas vamos lá, de tudo se tira algo de interessante e tirei duas coisas. A primeira foi seu domínio do corpo, a total consciência de cada músculo e de cada movimento, como se fosse uma máquina azeitada, uma engrenagem complexa onde tudo funciona. Impressionante! A segunda, foi em relação a qualidade dos músicos, a capacidade de um instrumento retorcer meu estômago. No fundo, essas duas coisas me falam de uma só, da possibilidade de expressão sem palavras. 

Tinha muita vontade de dominar uma linguagem que não necessitasse palavras. De certa forma, faço isso com a arte, mas queria mais, ainda acho meu alcance muito pequeno. Acredito que com o corpo, como no caso da dança, e com a música, essa comunicação é mais direta e universal.  

Quando vejo alguém que possui esse talento da expressão corporal, tenho vontade de chorar de tão forte que me bate. E não é incomum que eu veja cores ao escutar um instrumento que me emocione.  

Queria muito ter esse poder.

Não é à toa que nosso amigo dançarino flamenco estava tão creído, ele conhece o poder que tem. Tudo bem que a arrogância canibaliza esse dom, mas que se dane, quando ele dança é poderoso e se acabou! Não há discussão.

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